No domingo, dia 5 de dezembro, Huiltemar Rodrigues da Costa, a esposa e a filha Lara Manuella Corrêa da Costa de apenas 4 anos foram passear num balneário nas proximidades do município de Santana, região metropolitana de Macapá.
Lara brincava na parte rasa do rio, uma área chamada trapiche que consiste em uma base de madeira que facilita para os banhistas. Por um descuido, sem que os pais percebessem, a menina se afastou e foi para o meio do rio, onde não conseguia fiar em pé.
Huiltemar, o pai da menina, contou que percebeu que alguém havia afundado mas não viu que era a filha, pois já estava escuro.
De repente se perguntou onde Lara estava e então a ficha caiu e ele e sua esposa ficaram desesperados.
Um vendedor que estava ali no local, Fabrício de Souza Braga, de 42 anos percebeu que se tratava de uma afogamento e pulou no rio. Segundo Fabrício, após alguns minutos de procura pela menina sentiu algo que podia ser a pena de Lara e ao pegá-la viu que ela estava roxa, escura.
Um policial que também estava no local prestou os primeiros socorros e após 5 minutos de tentativa conseguiu reanimá-la e os sinais vitais voltaram.
Lara foi levada para o Hospital da Criança e Adolescente (HCA) e ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) durante alguns dias por conta da pneumonia que desenvolveu após o afogamento. Em seguida foi para a enfermaria onde permaneceu até na última segunda-feira, dia 13 de dezembro.
Muito agradecido o pai de Lara fez uma postagem nas redes sociais em agradecimento aos dois homens que salvaram sua filha e a história ganhou grande repercussão. Parte do texto da postagem de Huiltemar dizia:
"Não tenho palavras para externar a minha gratidão pelo brilhante ato de heroísmo dessas duas pessoas".
Já em casa a menina segue conversando normalmente com os pais e até o momento não apresentou sequelas. Lara não tem muita noção do que realmente aconteceu, mas contou ao pai que ela foi embora para a água e que Jesus a pegou, Ele pegou ela pelos braços.
"Milagre divino, não foi outra coisa. A maré estava alta, muito fundo. Uma criança de 4 anos… eu só pensava no pior. Não tem outra explicação: foi milagre", relatou o pai.