Eleito na onda bolsonarista, o deputado Capitão Derrite (PP-SP), da Polícia Militar, acompanhou Jair Bolsonaro ontem no Guarujá (SP), no litoral paulista. O parlamentar estava ao lado do presidente, Jair Bolsonaro no decorrer da coletiva, quando o chefe de Estado afirmou que o Brasil irá permanecer neutro em relação à invasão da Rússia na Ucrânia.
Há quatro dias, o deputado bolsonarista ironizou a decisão do governo ucraniano de proibir a saída de ucranianos com idade entre 18 e 60 anos, já que estão sendo chamados a atuar na guerra.
Na mensagem, Derrite zombou das feministas.
"Não vi nenhuma feminista pedindo igualdade do anúncio do governo da Ucrânia de que homens de 18 a 60 anos estão proibidos de deixar o país…"
De 2010 a 2013, o o deputado, Derrite foi oficial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), uma das tropas da Polícia Militar de São Paulo. Em suas redes ontem, o deputado não poupou elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se ao petista como o "suposto número 1".
"Por que será que ele (Lula) não sai às ruas? Nunca terá esse reconhecimento do nosso presidente".
Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, respondeu ao veredito do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o líder ucraniano Volodymyr Zelensky. De acordo com Tkach, não importa que Zelensky fosse um comediante, porque o ucraniano é o presidente democraticamente eleito pelo povo.
"O nosso presidente é democraticamente eleito, não importa a profissão dele antes de ser eleito, agora ele é lider da nação. Ele está liderando a guerra contra o segundo maior exército do mundo", exclamou Tkach quando foi perguntado sobre a fala do chefe do Executivo brasileiro.
No decorrer da coletiva de imprensa em São Paulo, realizada neste último domingo (27/2), o presidente foi perguntado sobre a disparidade bélica entre Ucrânia e Rússia.
"Equipamento de guerra é para matar. A gente sabe disso aí. Quer que eu fale o quê? Presidente faça isso ou faça aquilo?", respondeu. "O povo [ucraniano] confiou num comediante o destino de uma nação. Ele [Volodymyr Zelensky] tem que ter equilíbrio para tratar dessa situação aí", disparou Bolsonaro.