O parto chamou a atenção da equipe médica, que afirmou que na maioria das vezes os bebês maiores nascem por meio de cesárea.
O nascimento de um filho é um dos momentos mais esperados de mães e pais, que passaram meses apenas planejando aquela ocasião. A escolha do enxoval, o quarto do bebê perfeitamente organizado, todos os ambientes modificados para receber aquele novo membro da família, que será capaz de mexer com a dinâmica e a vida de todos.
A quantidade de exames que as gestantes fazem é grande, incluindo ultrassom algumas vezes, para acompanhar o desenvolvimento da criança.
Costuma ser o momento em que os pais cogitam descobrir o sexo do bebê, mas nem sempre os profissionais conseguem visualizar tudo que desejam, já que os pequenos ficam se movimentando na barriga das mães.
Yan Levi Souza Carvalho nasceu com 56 centímetros de comprimento, em Gurupi, no sul de Tocantins, surpreendendo a família e toda a equipe médica do hospital materno da cidade. Os profissionais ficaram em choque quando pesaram o menino e viram a balança marcar 5,142kg. Foi a segunda vez que a mãe dava à luz um "superbebê".
No último dia 11 de dezembro, a mãe Ana Keila, que já tem quatro filhos, viu nascer seu segundo "superbebê", inclusive maior que o primeiro.
De acordo com reportagem do G1, a equipe médica ficou admirada e o médico achou incrível ser um parto normal, já que afirmou que as crianças maiores nascem por meio de cesariana.
O ultrassom é um exame que aproxima o bebê da mãe, mas nem sempre todos os resultados colhidos chegam perto da realidade. Foi exatamente o que aconteceu com Ana Keila Souza Reis, que deu à luz um bebê de 56 centímetros e 5,142kg em um parto normal. E essa não foi a primeira vez que a mãe surpreendeu os médicos, já que o primeiro filho, que hoje tem 2 anos, nasceu com 5kg.
A mãe conta que seu parto chamou a atenção dos médicos, principalmente no Brasil, onde cerca de 85% dos partos são feitos por cesariana. De acordo com o Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal, 56,71% das cesáreas foram realizadas antes mesmo que se iniciasse o trabalho de parto.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a maioria das cirurgias cesarianas foram realizadas em mulheres com idades gestacionais entre 37 e 38 semanas, em que os bebês são considerados prontos para nascer de 40 a 42 semanas. Quando nascem abaixo de 39 semanas, os bebês têm mais chances de seus pulmões serem imaturos, dificuldades em sugar o leite materno e até certa incapacidade em regular a própria temperatura do corpo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) explica que, em termos populacionais, não existe nenhum benefício comprovado para a saúde da mãe e da criança em taxas superiores a 10%. A ANS explica que a maioria das mulheres inicia o pré-natal com o desejo de parto vaginal, mas acabam mudando de ideia ao longo da gestação.
Para a ANS, as principais causas disso são: a atual rede de organização dos hospitais, que não favorece os partos vaginais; remuneração baseada em procedimentos; preponderância de uma cultura médica intervencionista, além das características das próprias pacientes.
Ana Keila, que optou pelo parto vaginal, conta que muitas peças do enxoval que fez para seu filho se perderam.
Ela explica que a médica do Yan já tinha alertado que ele poderia nascer um pouco maior, já que o irmão também tinha sido um "superbebê", mas os pais não estavam esperando que fosse ainda maior. Mesmo com um parto demorado e um pouco complicado, a mãe e o bebê foram para casa no dia seguinte.